01 – O que é o SESMET de uma empresa? R – SESMET é a abreviatura dos serviços especializados de segurança e medicina do trabalho! |
02 – O que é o SESTR de uma empresa? R – SESTR é a abreviatura dos serviços especializados de segurança e medicina do trabalho rural! |
03 – Como são compostos os SESMET/SESTR das empresas? R – Os SESMET/SESTR de uma empresa a depender do número de trabalhadores e a atividade econômica realizada são formados por uma equipe de profissionais especializados e multidisciplinares: Engenheiro de Segurança e Técnico do Trabalho; Médico e Enfermeiro do Trabalho. |
04 – O que é um EPC? R – EPC é a abreviatura de equipamento de proteção coletiva, é o conjunto de ações e procedimentos estabelecidos pelos profissionais dos serviços especializados de segurança e saúde no ambiente de trabalho, para proteção coletiva dos trabalhadores, até que sejam estabelecidos processos e procedimentos de eliminação na fonte, ou até que seja oferecido aos trabalhadores EPI. |
05 – O que é um EPI? R – EPI é a abreviatura de equipamento e proteção individual, é todo dispositivo de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e à saúde no trabalho! |
06 – O uso do EPI é obrigatório? Existe alguma lei sobre o assunto? R – Sim o uso do EPI é obrigatório para reduzir ou, minimizar a exposição à níveis permissíveis de limites de segurança nos processos e ambientes ocupacionais estabelecidos pela legislação trabalhista. A legislação trabalhista estabelece no artigo 166 da CLT que, a empresa (o empregador) é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI adequado ao risco e, em perfeito estado de conservação e funcionamento, sempre que as medidas de ordem geral (equipamentos de proteção coletiva – EPC) não ofereçam completa proteção contra os riscos de acidentes e danos à saúde dos empregados. Também cabe ao empregado usar o EPI apenas para a finalidade a que se destina, responsabilizando-se pela guarda e conservação, comunicando ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; assim como, cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado, suscetível de demissão por justa causa a recusa do uso injustificada. |
07 – Quem e quando foram desenvolvidos os EPI-Agrícolas? R – No mundo, assim como no Brasil, o uso de pesticidas agropecuários iniciou-se na década de 1920. Com a expansão e diversificação o seu uso durante a segunda Guerra Mundial como arma química, atingiu uma produção industrial de dois milhões de toneladas ao ano. A Organização Mundial de Saúde - OMS (1990) estimou que ocorreu no mundo cerca de três milhões de intoxicações agudas por pesticidas, com 220 mil mortes por ano. No Brasil, dados publicados pelo Sistema Nacional de Informações Tóxico –Farmacológicas - SINITOX (2000) mostraram que a intoxicação aguda humana provocada por agroquímicos atingiram 4.065 casos registrados. A partir da década de 1990, baseados nestes dados, á Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho – FUNDACENTRO iniciou os estudos para o desenvolvimento de uma vestimenta protetora, visto que a maior parte dos equipamentos de preparo e aplicação dos agroquímicos não ofereciam conforto e segurança. |
08 – Operacionalmente como são classificadas as Vestimentas de Proteção Agrícolas - EPI? R – Em conformidade ao item 31.8.9, letra a) da NR31 que, estabelece; o empregador ou equiparado deve adotara no mínimo e, entre outras ações: fornecer EPI e vestimentas de proteção adequadas aos riscos, que não propiciem desconforto térmico prejudicial ao trabalhador; sendo assim, foram desenvolvidos e homologados dois padrões básicos de vestimentas, a “vestimentas de proteção modelo costa” e a “vestimenta de proteção modelo tratorizado”, respectivamente. |
09 – Como é composto o EPI – vestimenta de proteção modelo costal e, em que tipo de trabalho deve ser utilizado? R – A vestimenta de proteção modelo costal, segundo o MTbE é considerado uma vestimenta de corpo inteiro, composta por: jaleco de mangas longas (blusão); calça comprida com reforços nas pernas acima dos joelhos, classificados como perneiras de proteção, em material impermeável; proteção de cabeça, que pode ser: boné tipo touca árabe com aba rígida (mais comum) ou, capuz acoplado a gola do jaleco, ambos com viseira de proteção facial; tendo ou não o avental impermeável de proteção como peça complementar. Esta vestimenta foi desenvolvida pela FUNDACENTRO, com o objetivo de proteger o trabalhador individualmente contra os riscos de exposição na manipulação dos agroquímicos, no preparo das caldas agrotóxicas, bem como na execução dos trabalhos de aplicação por equipamentos denominados bombas costais, acoplados nas costas do operador, para a pulverização no controle de pragas e doenças em culturas agrícolas. |
10 – Como é composto o EPI – vestimenta de proteção modelo trato rizado e, em que tipo de trabalho deve ser utilizado? R – Assim como a vestimenta de proteção modelo costal, a FUNDACENTRO desenvolveu a vestimenta de corpo inteiro modelo tratorizado, composta por: jaleco de mangas longas (blusão); calça comprida; proteção de cabeça, que pode ser: boné tipo touca árabe, com aba rígida (mais comum) ou, capuz acoplado a gola do jaleco, ambos com viseira de proteção facial; tendo ou não o avental impermeável de proteção como peça complementar; esta vestimenta foi desenvolvida com o objetivo de proteger o trabalhador individualmente contra os riscos de exposição na manipulação dos agroquímicos, no preparo das caldas agrotóxicas, bem como na execução dos trabalhos de aplicação por pulverização em máquinas (tratores) com ou sem cabine de proteção, para o controle de pragas e doenças em culturas agrícolas. |
11 – Sendo as vestimentas de proteção contra riscos químicos provenientes da exposição a agroquímicos um EPI agrícola, com que matérias-primas são produzidos? R – A princípio, os estudos e pesquisas para o desenvolvimento de uma vestimenta–EPI agrícola considerou-se o uso do TYVEK, produto sintético descartável fabricado pela empresa Dupont do Brasil, como matéria-prima a ser utilizada na confecção de um protótipo, com o objetivo de ser testado e avaliado em campo; contudo, após vários testes, verificou-se a ineficácia do produto, muito embora o TYVEK fosse “impermeável” e oferecesse uma boa proteção ao operador, ainda assim, era desconfortável e não proporcionava conforto térmico, o que o tornou inviável o uso em região tropical, visto que o aplicador suava demasiadamente devido ao calor. Na continuidade dos estudos e, baseados em pesquisas realizadas pelo grupo GIFAP – FAO foram analisadas vestimentas confeccionadas em TYVEK; Kleenguard e 100% Algodão, que demonstrou que as fibras de algodão sendo uma fibra natural e econômica, condicionava uma proteção relativa e confortável aos trabalhadores, o que permitiu que a FUNDACENTRO e a CIBA iniciassem estudos que permitiram o tratamento das fibras do algodão 100% pelo processo TEFLON, que é composto de Oleophobol e Knittex, promovendo um fenômeno que tornou as fibras do algodão repelentes à água, caldas agrotóxicas e óleos, tornando os tecidos hidrorrepelentes e respiráveis, facilitando a troca de calor entre o corpo do usuário e o meio ambiente. Atualmente, por necessidade do mercado canavieiro, à indústria da tecelagem desenvolveu um tecido misto, construído com fibras de algodão e poliéster, produto que permitiu aumentar a vida útil da vestimenta, visto que as fibras sintéticas do poliéster na composição com as fibras do algodão suportam mais cargas/esforços, aumentando a resistência mecânica do tecido. Portanto, os tecidos mistos de algodão e poliéster, tratados com “flúor químico/flúor carbono” (oleophobol), é também uma matéria-prima utilizada na confecção de vestimentas-EPI-Agrícolas no Brasil. |
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